Conseguir uma folga orçamental quando todos os meses se recebe duas ou três prestações de crédito para pagar pode ser, na melhor das hipóteses, algo digno de um prémio Nobel da Economia.

Crédito Consolidado: um instrumento de poupança?

Porém, nem todas as famílias têm um génio da economia em casa e as contas têm de ser pagas sob pena de se entrar em incumprimento perante as instituições de crédito. Uma das melhores formas de resolver esta situação de forma imediata é recorrer a um crédito consolidado.

Crédito consolidado e poupança

Na prática, um crédito consolidado corresponde a um instrumento financeiro que permite, a quem possua mais do que um crédito, juntar todos os créditos num só. Ao fazê-lo, o cliente fica a pagar uma só prestação mensal com uma taxa mais baixa que a média de todos os créditos que possuía e perante uma única instituição de crédito.

A opção pela consolidação de créditos deve obedecer, diretamente, a algo que dá pelo nome de taxa de esforço. É a partir do seu cálculo que as instituições de crédito avaliam se os clientes estão em condições de pagar os empréstimos que tentam contratar e é também a partir dela que os consumidores podem perceber se juntar créditos é ou não a melhor solução a tomar.

Fórmula da Taxa de Esforço:

Encargos Financeiros/Rendimento Líquido Total do Agregado x 100

Caso a taxa de esforço ultrapasse a percentagem de referência de 50% estipulada pelo Banco de Portugal para que o cliente se enquadre, ou não, num “perfil de risco” de incumprimento, o cliente não verá o seu pedido de novo crédito aprovado e terá que encontrar alternativas, sendo que uma das mais procuradas e eficazes é o crédito consolidado.

Se não consegue eliminar os seus créditos de uma só vez, a opção por um crédito consolidado pode permitir-lhe uma poupança efetiva com mensalidades de até 60% e simplificar os pagamentos mensais, uma vez que, como vimos, esta solução garante-lhe uma taxa fixa, um prazo fixo e uma única prestação mensal.

Para além da poupança efetiva com as prestações mensais, o crédito consolidado permite, ainda, que o consumidor possa, aquando da contratualização desta solução financeira, usufruir de um financiamento extra para fazer face a despesas inesperadas ou no investimento em obras urgentes na casa, por exemplo.

Todos estes fatores confluem para que o crédito consolidado se afirme não só como um excelente instrumento de poupança, mas também como uma fonte de financiamento extraordinária quando o orçamento familiar é limitado.

Para que perceba melhor todas estas dimensões de poupança que o juntar de créditos oferece, vamos dar-lhe o exemplo prático da família Pereira.

Crédito Consolidado: exemplo prático

Primeiro foi a necessidade de um carro novo que levou à contratação de um crédito, depois a filha mais velha que foi para a faculdade e foi presenteada com um cartão de crédito trazendo, assim, um novo crédito para casa e, para fechar o ramalhete de créditos dos Pereira juntou-se um terceiro e último crédito para a mudança urgente do telhado de casa que tinha sido altamente danificado pelas tempestades de inverno.

Como nesta família de quatro (pai, mãe e duas filhas estudantes) apenas os pais trabalham, o rendimento líquido total do agregado mensal é de 2000 euros. Contudo, como os encargos com as prestações mensais dos créditos contraídos atingem os 1200 euros, a taxa de esforço deste agregado é preocupante, ora vejamos:

Cálculo da Taxa de Esforço do casal Luísa e Gonçalo

Rendimento líquido acumulado dos Pereira = 2000 euros

Encargos financeiros com créditos = 1200 euros

Fórmula= Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100

Taxa de Esforço dos Pereira: 1200/2000 x100 =60%

Como esta taxa não deverá ser superior a 50%, a família Pereira estava em grande risco de entrar em incumprimento. A única solução que lhes podia valer era, então, pedir um crédito que lhes permitisse consolidar créditos e, consequentemente, baixar a sua taxa de esforço.

Para que tal aconteça, os Pereira pretendem pedir um crédito consolidado de 45 mil euros a pagarem 84 meses que lhes permita amortizar o total da dívida contraída com os outros créditos e aforrar o restante para qualquer eventualidade que venha a surgir no futuro.

Como o online se assume como uma das melhores ferramentas na diminuição da mobilidade e, como tal, da contenção da pandemia, Luísa, matriarca dos Pereira, decide procurar uma solução de crédito consolidado no mundo digital.

A busca acabou por parar na página de crédito consolidado do Unibanco. Utilizando o simulador que o Unibanco oferece para fazer uma simulação de crédito consolidado, Luísa faz então o cálculo para o valor (45 mil euros) e prazo (84 meses) que pretende. O resultado é uma prestação mensal de 784,68 euros, valor que implica que a taxa de esforço da família irá passar a ser de:

Taxa de Esforço com o crédito consolidado Unibanco

784,68/2000 x 100 = 39,2%

Isto não significa que, com o crédito consolidado Unibanco, os Pereira, sem saírem de casa (100% digital), entram em território positivo aos olhos do Banco de Portugal, terão uma folga orçamental de quase 500 euros todos os meses e podem usufruir de 4 mil euros extra para possíveis despesas inesperadas.

 

A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €45.000 a pagar em 84 mensalidades de €784,68. TAN 11,150% e TAEG 13,2%. MTIC €67.101,61.

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